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Cryptorave 2023: “Uma bolha da atenção? Duas hipóteses sobre o futuro do capitalismo de vigilância” [palestra]

Palestra que apresentei na Cryptorave 2023; os slides estão aqui.

Resumo

Esta palestra discutirá, de forma razoavelmente especulativa, sobre possíveis fissuras na estrutura do capitalismo de vigilância. Para tanto, ela irá explorar duas hipóteses: uma sobre a publicidade comportamental, e outra sobre o futuro de grandes empresas que dela dependem, como Google e Facebook.

A primeira hipótese é que, ao contrário do que se acreditou até hoje, a publicidade comportamental não é extremamente mais efetiva que formas mais tradicionais de publicidade, como a contextual; essa hipótese já tem sido levantada no meio acadêmico há algum tempo (ainda que de forma relativamente marginal), e será apresentada por meio de um resumo de alguns experimentos e trabalhos que a abordaram (por autores como Randall Lewis, Steven Tadelis e Alessandro Acquisti).

A segunda hipótese é que, ainda que a publicidade comportamental seja mesmo tão efetiva quanto geralmente se acredita, as grandes empresas que fazem uso dela encontrarão, mais cedo ou mais tarde, um limite no crescimento que obtêm por meio da publicidade online; por conta disso, a partir de algum momento — que talvez até já tenha passado — a valorização dessas empresas poderá adquirir um caráter de bolha econômica. Essa hipótese (baseada em livro de Tim Hwang, e na conclusão de minha tese de doutorado) será abordada à luz da economia política — incluindo a consideração especulativa de cenários relacionados ao desenrolar dessa bolha.

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“O autocultivo de Cannabis e a tecnologia social” [artigo em periódico]

Oliveira, Monique Batista de; Vieira, Miguel Said; Akerman, Marco. “O autocultivo de Cannabis e a tecnologia social”. Saúde e Sociedade, v. 29, p. 10, 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902020190856>.

Artigo publicado na Saúde e Sociedade, com Monique Oliveira e Marco Akerman.

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar o autocultivo de Cannabis para fins medicinais no Brasil, avaliando em que medida a prática poderia ser enquadrada como uma tecnologia social, na formulação de Renato Dagnino. Com base em dados coletados em trabalho de campo (entrevistas semiestruturadas) em dois centros urbanos no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro) e de uma participante nos Estados Unidos, identificam-se características dessas práticas que as aproximam de uma tecnologia social, como a adaptação a pequena escala, o atendimento a demandas sociais por meio de trabalho cognitivo, a participação ativa de produtores e usuários em seu desenvolvimento, e a ausência de diferenciação entre patrão e empregado. Pondera-se, entretanto, que a noção de tecnologia social está bastante ligada a um objetivo de transformação do setor produtivo, o que talvez limite a aplicação desse conceito em situações de produção não-comercial, para atendimento de necessidades diretas; e que a consideração dos riscos na produção de medicamentos talvez torne pouco aconselhável a generalização de práticas caseiras como a do autocultivo. Propõe-se que essa situação poderia ser remediada com o emprego de estratégias de ciência aberta e cidadã, envolvendo o diálogo com instituições públicas do campo tecnológico e científico.

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“(Ciências dos) comuns: neutralidade ou valores?” [palestra]

No dia 10/10/2019 fiz uma palestra no seminário pós-doutoral “Acesso aberto na ciência: história, tensões e os commons”, organizado pelo PPGCI-UFF, em Niterói. O vídeo da minha fala está abaixo (ou aqui, para download):

Os slides estão disponíveis aqui. (O restante do evento — incluindo a fala de Simone Weitzel, a de Andre Appel e o debate final — também foi gravado; todas as gravações foram feitas por estudantes da UFF que apoiaram a realização do evento.)

Resumo

A pergunta disparadora da palestra foi: bens comuns são carregados de valores? Apoiando-me no trabalho de Hugh Lacey sobre valores e a ciência, estendo essa pergunta inicial para uma reflexão sobre o papel de valores nas teorias de bens comuns.

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Oficina de Zotero

Desde o início do meu mestrado / doutorado, tenho usado intensamente um software livre chamado Zotero (veja minha página na ferramenta). Este ano gravei uma oficina que realizei sobre ele:

A oficina foi gravada na UFABC, quando ministrei-a como parte de uma disciplina em 2019; o vídeo está disponível para download (com resolução maior) aqui, e também no Youtube.

Em essência, o Zotero é um gerenciador de referências bibliográficas; sua função mais atrativa é a geração de uma bibliografia já formatada (p. ex., em ABNT). Mas para quem lida muito com textos no trabalho acadêmico (como ocorre em boa parte das ciências sociais e humanas), ele tem o potencial de ser uma ferramenta ainda mais rica, capaz de ajudar a organizar e alimentar todo o trabalho de pesquisa.

Tenho ministrado oficinas desse software por considerar que ele é muito útil para pesquisadores e estudantes universitários — para elaborar publicações ou trabalhos finais, por exemplo —, e merece ser divulgado (não tenho nenhuma relação formal com o projeto). Para quem está ingressando no mundo acadêmico, penso que o uso da ferramenta pode ajudar a compreender o sentido da realização de uma pesquisa (em particular a pesquisa bibliográfica), e a perceber o equilíbrio entre rigor e criatividade que essa atividade demanda.

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“Bens comuns: uma proposta de mapeamento” [capítulo de livro]

Vieira, Miguel Said. “Bens comuns: uma proposta de mapeamento“. Em Silveira, Clóvis Eduardo Malinverni da; Borges, Gustavo; Wolkmer, Maria de Fatima Schumacher (orgs.). O comum, os novos direitos e os processos democráticos emancipatórios, pp. 462-94. Caxias do Sul: EDUCS, 2019. Disponível em: <https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/ebook-o-comum_3.pdf>.

Esse capítulo apresenta o tema dos bens comuns, introduzindo algumas abordagens teóricas e alguns campos em que o tema se manifesta. Propus nele uma nova de classificação de áreas do comum: em vez da mais costumeira, entre comuns “materiais” e “imateriais”, ensaiei distribui-los entre 1) comuns de povos tradicionais, 2) comuns urbanos e 3) comuns das redes.

Uma primeira versão desse texto foi produzida como subsídio preparatório para um seminário sobre comuns, organizado pela FASE em 2016.

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“Comuns do conhecimento: Recursos Educacionais Abertos” [palestra em evento]

Fiz uma apresentação sobre recursos educacionais abertos no painel “Comuns do conhecimento”, no I Congresso Internacional sobre o Comum e os Commons, em Caxias do Sul, 12 de junho de 2019. Clique aqui para os slides.

Veja abaixo o vídeo do painel completo (que incluiu ainda as apresentações de Adriana Carla Silva de Oliveira e de Guilherme Capinzaiki Carboni, e a mediação de Eliana Maria do Sacramento Soares); minha fala começa em 1:05:25, e o arquivo está disponível para baixar no Archive.org (a gravação foi feita pelo pessoal da pós-graduação em Direito da UCS).

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V Conexão: “Curso Recursos Educacionais Abertos” [comunicação em evento]

Logo do V Conexão (Congresso de Extensão Universitária da UFABC)

No V Conexão (Congresso de Extensão Universitária da UFABC), em 7 de junho de 2019, fiz uma apresentação sobre o Curso Recursos Educacionais Abertos, que coordenei juntamente com o Tel Amiel (UNB). Clique aqui para os slides.

A Angela Fushita foi coautora da apresentação; ela foi aluna, e desenvolveu uma ação de extensão (“Estações REA“) como atividade do curso.

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Cryptorave 2019: “Não aceite cookies de estranhos” [oficina]

Na Cryptorave de 2019, ministrei uma oficina intitulada “Não aceite cookies de estranhos: Limitando a vigilância mercantil e a publicidade na navegação cotidiana”. Confira a descrição no site do evento:

Veja como tem empresas vigiando sua navegação (pra vender seus dados e te entupir de publicidade), e experimente uma ferramenta capaz de reduzir essa bisbilhotagem — e que, de brinde, ainda filtra anúncios.

A oficina foi composta de uma explicação (muito simplificada) do funcionamento da vigilância corporativa na internet hoje, e da demonstração do uBlock Origin, uma extensão de navegador para bloqueio de conteúdos indesejados extremamente customizável. Veja os slides da apresentação (com anotações ao final).

Curiosidade: a oficina quase não rolou em função do “armagadd-on 2.0”, um bug que afetou o Firefox menos de 24 horas antes do horário da atividade, bloqueando o uso de todas as extensões; não foi possível demonstrar o Firefox Lightbeam (outra ferramenta que eu apresentaria no começo da oficina), mas o uBlock Origin sim — ele possui versão para navegador Chromium que funciona de maneira muito similar à do Firefox.

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“Bens comuns intelectuais” [capítulo de livro]

VIEIRA, Miguel Said. “Bens comuns intelectuais”. In: CARRIÓN, Marcelo Husek et al. (orgs.). Em defesa do bem comum. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2018, pp. 23-29.

Capítulo de livro organizado pela APCEF/RS. Clique aqui para o PDF (ou aqui para o arquivo editável).

Atualização (2/2019): o livro completo digital já está disponível, sob licença Creative Commons (Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual).

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